segunda-feira, 12 de maio de 2014

Greve no Rio Completa 15 Dias


  
Os vigilantes do Rio, em greve desde o dia 24 de abril, chegaram ao Maracanã, depois de passarem pela Avenida Presidente Vargas e Avenida Radial Oeste, ocupando três faixas da pista central.
  O encerramento da manifestação ocorreu em frente à Estátua de Bellini, convocando a segurança do estádio a cruzar os braços na Copa do Mundo. Os vigilantes exibiram faixas e cartazes contra os baixos salários e gritavam palavras de ordem: “Queremos reajuste padrão FIFA!” Não aceitamos esmolas!”. A paralisação completou 15 dias nesta sexta-feira e a categoria não tem previsão de retornar às suas funções nos bancos, entre outros órgãos públicos e privados, uma vez que nenhuma de suas reivindicações foram atendidos pelo sindicato patronal”.
    De acordo com Antônio Carlos Oliveira, vice-presidente do SindVigRio, os trabalhadores da segurança querem 10%de reajuste salarial, aumento do tíquete-refeição para R$ 20, pagamento do adicional de risco de vida subtraído do contracheque em dezembro desde que o adicional de periculosidade foi regulamentado pelo Ministério do Trabalho. “Queremos o pagamento dos dois adicionais e não de um só como as empresas vêm fazendo. O risco de vida foi conquistado há quatro anos na Convenção Coletiva”, dispara o sindicalista.
        Reivindicações não foram atendidas
O Sindicato também reivindica plano de saúde pago pelas empresas, redução da jornada de trabalho de 48h para 44h semanais, além da diária de R$ 180 para os agentes privados que vão trabalhar na Copa do Mundo, em junho. Os patrões ofereceram de diária apenas R$ 100. Atualmente os vigilantes do Maracanã recebem durante os jogos diária de R$ 80, tirando desse valor os gastos com transporte e alimentação e, sem nenhum outro benefício, pois trabalham sem carteira assinada.
  
Em todo estado, 60% dos bancos estão fechados por falta de vigilantes. Apenas os caixas de auto-atendimento estão liberados. Mas, no interior, começou a faltar dinheiro nos caixas, principalmente na Região dos Lagos e Norte Fluminense.
      
Sob forte aparato policial, a caminhada com aproximadamente 500 trabalhadores da segurança privada, chegou ao Estádio do Maracanã sem nenhum incidente registrado.