
O encerramento da manifestação ocorreu em frente à Estátua
de Bellini, convocando a segurança do estádio a cruzar os braços na Copa do
Mundo. Os vigilantes exibiram faixas e cartazes contra os
baixos salários e gritavam palavras de ordem: “Queremos reajuste padrão FIFA!”
Não aceitamos esmolas!”. A paralisação completou 15 dias nesta sexta-feira e a
categoria não tem previsão de retornar às suas funções nos bancos, entre outros
órgãos públicos e privados, uma vez que nenhuma de suas reivindicações foram
atendidos pelo sindicato patronal”.
De acordo com Antônio Carlos Oliveira,
vice-presidente do SindVigRio, os trabalhadores da segurança querem 10%de
reajuste salarial, aumento do tíquete-refeição para R$ 20, pagamento do
adicional de risco de vida subtraído do contracheque em dezembro desde que o
adicional de periculosidade foi regulamentado pelo Ministério do Trabalho.
“Queremos o pagamento dos dois adicionais e não de um só como as empresas vêm
fazendo. O risco de vida foi conquistado há quatro anos na Convenção Coletiva”,
dispara o sindicalista.
Reivindicações não foram atendidas
O Sindicato também reivindica plano de saúde pago
pelas empresas, redução da jornada de trabalho de 48h para 44h semanais, além
da diária de R$ 180 para os agentes privados que vão trabalhar na Copa do
Mundo, em junho. Os patrões ofereceram de diária apenas R$ 100. Atualmente os
vigilantes do Maracanã recebem durante os jogos diária de R$ 80, tirando desse
valor os gastos com transporte e alimentação e, sem nenhum outro benefício,
pois trabalham sem carteira assinada.
Em todo estado, 60% dos bancos estão fechados por
falta de vigilantes. Apenas os caixas de auto-atendimento estão liberados. Mas,
no interior, começou a faltar dinheiro nos caixas, principalmente na Região dos
Lagos e Norte Fluminense.
Sob forte aparato policial, a caminhada com
aproximadamente 500 trabalhadores da segurança privada, chegou ao
Estádio do Maracanã sem nenhum incidente registrado.