terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Nada avança na primeira rodada de negociações com os patrões

Vigilantes de todo estado do Rio iniciaram mais uma campanha salarial.  A primeira mesa de negociação aconteceu nesta segunda-feira, 21, na sede do sindicato patronal. No encontro nada avançou. Os dirigentes sindicais representantes dos trabalhadores informaram aos patrões a necessidade do cumprimento da lei 12.740/12 que concede adicional de periculosidade para toda categoria. Na oportunidade também foi entregue a pauta de reivindicações da categoria.


Entre um discurso e outro, os empresários se queixaram da forma de pagar os 30% e alegaram que no futuro os trabalhadores teriam problemas com aposentadoria, caso o benefício fosse pago antes da regulamentação da lei pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Eles pedem cautela nas negociações.

Em defesa da categoria, o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói, Cláudio Vigilante, pediu a palavra e alertou os patrões para a real situação, segundo ele, criada por eles mesmos, já que tentaram impedir a todo modo o andamento dos projetos de lei que versavam sobre o risco de vida no Congresso Nacional. Cláudio afirmou ainda que estava em pauta era o cumprimento da lei e sua regulamentação deveria ser discutida posteriormente.

Outro problema que o presidente do SVNIT levantou foi, caso o patronato não cumpra a lei, no futuro ações exigindo pagamentos retroativos serão comuns forçando as empresas a se desprenderem de altos valores de uma só vez. “Isso significa a criação de passivo muito grande e que poderá levar muitas empresas à falência. Acredito que não seja isso que os empresários queiram. Por isso, vamos cumprir a lei, pagar os 30% e discutir outras cláusulas sociais da nossa Convenção Coletiva de Trabalho. Os vigilantes aguardam respostas”, afirmou Cláudio Vigilante, com o respaldo do presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis, Adriano Linhares.

Em uma decisão nacional, a categoria decidiu uma greve em todo país no dia 1º de fevereiro. A paralisação deverá durar 24 horas. Uma nova reunião ainda esta semana poderá mudar o panorama das negociações caso os patrões apresentem uma fórmula de pagamento dos 30%. Os dirigentes sindicais aguardam contato do sindicato patronal.

Em 2013, novamente os 15 sindicatos que representam a categoria no Estado do Rio decidiram unificar a campanha salarial, a exemplo do ano passado. O resultado positivo obtido em 2012 reforçou o espírito de luta conjunta. As negociações deverão se estender até a data base da categoria que é em primeiro de março.

Willian Chaves
WMC Assessoria de Comunicação

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Vigilantes do DF conquistam os 15% restantes do adicional de risco de vida

CNTV
Com ameaças de greve geral em todo o DF, os empresários acabaram cedendo e concordaram em pagar os 15% restante do Adicional de Risco de Vida, mais reajuste de 6,72% e tíquete de 19,50 a fração. As empresas tentaram argumentar que a Lei 12.740 só valerá a partir da regulamentação do artigo 633 da CLT, mas diante da ameaça de greve acabaram concordando em pagar os 15% que agora completam os 30% para os vigilantes do DF.

A proposta foi aceita em assembleia geral realizada dia 26 de dezembro e encerrou a Campanha Salarial dos Vigilantes do DF, com data-base em 1º de janeiro. O benefício do Risco de Vida/Periculosidade e as demais conquistas econômicas serão pagos no quinto dia útil de fevereiro.

Os vigilantes de Curitiba, no Paraná, estão com assembleia marcada para o próximo dia 10 e outras entidades também estão na luta pelo pagamento imediato do Adicional do Risco de Vida, como na Bahia, Niterói, Petrópolis e Região, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Goiânia, Tocantins, Florianópolis, Ceará, entre outros. 

Nos estados, a expectativa dos vigilantes é grande e muitos cobram de suas respectivas entidades para que iniciem a campanha pelo pagamento do Adicional de Risco de Vida imediatamente. Mas a cobrança deve vir acompanhada da efetiva participação dos trabalhadores e das trabalhadoras quando forem chamados à luta. 

Para a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), o sindicato sozinho não pode obrigar as empresas a pagaram o adicional sem a regulamentação. Então, todos devem estar conscientes disso e lutar junto com sua entidade. Depois da regulamentação, aí as empresas não terão como negar o pagamento do benefício.

Portanto, além da luta pelo imediato pagamento, é fundamental continuar a campanha pela regulamentação já, junto ao Ministério do Trabalho.

WMC Assessoria
Fonte: Contraf-CUT com CNTV