terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Brasil tem quase 500 casos de assalto a banco só em 2010


Os números assustam. Em todo o Brasil já ocorreram ao menos 491 assaltos somente entre os meses de janeiro e novembro desse ano. O levantamento, realizado pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, foi baseado em casos noticiados pela imprensa nacional e local de cada estado.

“É importante lembrar que o número de casos é muito superior ao que levantamos, pois precisamos levar em consideração que muitos não são noticiados pela imprensa, principalmente os que ocorrem no interior dos estados”, afirma João Soares, presidente do SindVigilantes e secretário geral da CNTV. Ainda, também não é possível considerar os dados oficiais que não são divulgados.

Mais um caso em Curitiba
Na quarta-feira passada, quando o projeto contra o crime saidinha de banco foi apresentado pelo SindVigilantes e Sindicato dos Bancários na Câmara Municipal de Curitiba, uma agência do banco Santander na Avenida Água Verde estava sendo assaltada. “Isso comprova como esse número (491 casos) tende a aumentar muito mais até o final desse ano”, completa Soares.

Assaltos a banco em números

O Paraná está entre os sete estados com maior número de casos entre janeiro e dezembro de 2010. São Paulo lidera o ranking, com 120 assaltos, ao menos. Em seguida vem o Mato Grosso, com 77 ocorrências. Bahia registrou 63 assaltos e a Paraíba 50. Ceará e Paraná estão empatados com 35 casos cada um. Pernambuco aparece com 21 ocorrências.

Segundo dados oficiais da Febraban, em 2009 foram registrados 430 assaltos a banco no Brasil. “O ano de 2010 ainda não terminou e os números já superam os dados oficiais de 2009. Isso comprova que não podemos confiar nos números divulgados pela Febraban”, afirma Soares.
 
WMC Assessoria
Fonte: Ass. Imprensa SindVigilantes de Curitiba e Região 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Bancos definem horário especial para fim de ano

O esquema especial de funcionamento das agências bancárias em função das festas de Natal e fim de ano foi divulgado nesta sexta-feira (10) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

No dia 24 (sexta-feira), véspera de Natal, os bancos terão atendimento ao público durante duas horas: das 9h às 11h (horário de Brasília).

Na sexta-feira (31), véspera de Ano Novo, os bancos não abrirão ao público, uma vez que reservam o último dia útil do ano para seus balanços.

As agências bancárias voltarão ao atendimento normal só no dia 3 (segunda-feira), primeiro dia útil de 2011. Quaisquer contas vencidas em 31 de dezembro poderão ser pagas no dia 3 de janeiro, sem multa ou correção, recomenda a Febraban.
 
Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Projeto prevê vigilante armado em caixa eletrônico


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 6728/10, que torna obrigatória a presença de vigilante armado em locais que possuam caixa eletrônico ou terminal bancário, em casas lotéricas e agências dos Correios. A proposta, do deputado José Airton Cirilo (PT-CE), também determina a instalação de câmeras de vídeo e alarmes conectados a órgãos de segurança pública ou a empresas de segurança privada.

Pelo projeto, os serviços de segurança serão obrigatórios no horário de atendimento ao público. Os estabelecimentos terão prazo de 180 dias após a publicação da lei para cumprir as normas. Caso não cumpram, poderão receber multa de R$ 500 a R$ 5 mil, ter o funcionamento suspenso e, em caso de reincidência, ter a licença cassada.

Segundo Cirilo, os caixas eletrônicos localizados fora das agências bancárias, geralmente em locais sem segurança, deixa o usuário vulnerável à ação de criminosos. "Essas instalações têm se revelado forte chamariz para todo tipo de delinquente", argumenta o deputado.

Tramitação

O projeto foi apensado ao PL 4436/08, do Senado, que concede adicional de periculosidade a segurança particular. O texto aguarda análise de comissão especialComissão temporária criada para examinar e dar parecer sobre projetos que envolvam matéria de competência de mais de três comissões de mérito. Em vez de tramitar pelas comissões temáticas, o projeto é analisado apenas pela comissão especial. Se aprovado nessa comissão, segue para o Senado, para o Plenário ou para sanção presidencial, dependendo da tramitação do projeto. antes de ser votado pelo Plenário. 
 
Informações da Agência Câmara

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cresce demanda por segurança privada

Os recentes ataques de traficantes na cidade do Rio de Janeiro, levou a um aumento de demanda nas empresas do segmento de segurança privada."Temos recebido entre cinco e seis solicitações de orçamento por dia para segurança patrimonial, sendo quatro dessas para escolta em transporte, o que não acontecia com tanta frequência", diz André Lopes, sócio-diretor da Securu Sistemas de Segurança Digital.

Em todo o Brasil, há 2 mil empresas licenciadas pela Polícia Federal para atuar na área de segurança privada , que devem movimentar R$ 15,5 bilhões este ano, segundo dados da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist).

Ele explica que, por conta da onda de violência, medidas extras serão tomadas pelas prestadoras de serviço de segurança privada para evitar que o atendimento fique vulnerável. "Aumento do efetivo e alteração da rotina devem ser algumas atitudes das empresas de transporte de valores", diz Lopes.

Na Vise Vigilância, cerca de 10% dos clientes pediram à empresa para reforçar as equipes de seguranças. João Palhuca, vice-presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica, Serviços de Escolta e Cursos de Formação do Estado de São Paulo (Sesvesp), não acredita que isso afete consideravelmente o mercado.

"Está claro que é uma ação terrorista contra as forças do estado, não contra instituições privadas", diz. Em São Paulo, em maio de 2006, ataques do crime organizado contra as forças do estado mataram 23 policiais.
 
WMC Assessoria
Fonte: Brasil Econômico

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Desemprego atingo a menor marca desde março de 2002

O índice de desemprego em outubro foi de 6,1%, praticamente estável em relação ao mês anterior (6,2%). De acordo com os números divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a taxa mais baixa desde março de 2002, quando a Pesquisa Mensal de Emprego começou a ser feita para o conjunto das seis principais regiões metropolitanas do país. Em relação a outubro de 2009, quando o índice de desemprego foi de 7,5%, houve uma queda de 1,4 ponto percentual.

O número de pessoas desocupadas em outubro foi de 1,4 milhão, estável em relação a setembro e 17,6% menor do que em outubro de 2009. Já a população ocupada (22,3 milhões de pessoas), também estável na comparação com setembro, registrou uma alta de 3,9% em relação a outubro do ano passado, o que representa a criação 841 mil postos de trabalho.

A estabilidade em relação a setembro também se verifica no número de trabalhadores com carteira assinada (10,3 milhões) e no rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.515,40). Na comparação anual, no entanto, houve um crescimento de 8,4% no emprego com carteira assinada - o que significa a criação de 805 mil postos de trabalho - e de 6,5% no rendimento médio real.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Natal gordo emprega mais seguranças


Com o aumento no fluxo de pessoas nas lojas do centro de Ribeirão Preto e a previsão de crescimento de 7% nas vendas deste Natal, os comerciantes estão contratando mais segurança particulares para trabalhar no horário comercial.

Atualmente, as ruas do quadrilátero central são "vigiadas" por pelo menos 20 seguranças, segundo os profissionais. A expectativa deles é que o número dobre nas próximas semanas.

Há profissionais que cuidam apenas de uma loja e os que trabalham para vários comerciantes que se unem para pagá-los.

Dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública apontam a tendência de aumento de furtos e roubos em época de grandes vendas. Em maio, por exemplo, foi registrado um crescimento de 9,74% nos casos de furtos na cidade -980, ante 938. Maio, mês das mães, é considerado a segunda melhor data para o comércio.

A procura por mais segurança abre espaço para quem estava desempregado. É o caso de Benedito da Silva, 36, que foi contratado há dois meses para atuar na rua Américo Brasiliense.

"Cuido de seis lojas entre a Visconde de Inhaúma e a Barão do Amazonas e, por enquanto, está tranquilo."
Johnston Gonçalves, 65, que trabalha há 20 anos na rua Barão do Amazonas, disse que os lojistas estão em busca de mais seguranças neste ano. "Até formamos uma cooperativa. Agora, somos sete mas, perto do Natal, devemos ser dez."

Roberto Esteves, 38, que trabalha há nove anos na rua Barão do Amazonas, diz que casos de furtos são registrados todos os dias. "Às vezes, percebemos ou somos avisados por alguém. Procuramos o suspeito, conversamos na rua e tentamos um acordo. Se não der certo, acionamos a polícia", disse.

O diretor da distrital centro da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), Lino Strambi, confirma o aumento na procura por vigias particulares, mas diz que a entidade acredita no trabalho das polícias.

Em dezembro, o número de policiais militares no centro deve duplicar e o de guardas civis, quadruplicar -os números não são divulgados pelos órgãos.

O superintendente da Guarda Civil, André Tavares, e capitão da PM Maurício de Melo concordam que o trabalho dos seguranças ajuda a prevenir crimes.
 
WMC Assessoria - Folha de São Paulo

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dilma afirma que vai priorizar saúde e segurança

A presidente eleita Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 3, após visita oficial ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que saúde e segurança pública serão as prioridades de seu governo. Logo no início da enrevista coletiva aos jornalistas, Dilma afirmou que essas duas áreas terão grande destaque em seus governos. A presidente afirmou ainda que "a educação está bem encaminhada".

"Nós vamos precisar completar a rede do SUS. E está em questão o problema da regulamentação da emenda 29 (que prevê mais recursos para a saúde). Para a União é mais fácil. Para os estados e municípios é que é mais difícil", afirmou. Ela afirmou que não pretende enviar ao Congresso a recomposição da CPMF, mas que terá negociações com os governadores sobre o tema

Sobre a segurança pública, Dilma defendeu que a questão seja enfrentada com a cooperação entre estados, municípios e União e também que a União participe "efetivamente com recursos. A presidente disse ainda que dará "clara prioridade" à área. Dilma afirmou ainda considerar "que a educação está muito bem encaminhada", disse.

"MST não é caso de polícia"

Questionada sobre sua postura em relação ao MST, a presidente eleita ressaltou que o movimento "não é um caso de polícia" e disse que não dará margens para que ocorram em seu governo assassinatos de militantes do movimento, citando o massacre de Eldorado dos Carajás ocorrido em 1996. "No meu governo não darei margens para Eldorados dos Carajás."

"Eu considero que temos terra o suficiente pra continuar fazendo a reforma agrária", disse Dilma. "É fundamental garantir ao assentado e ao agricultor renda monetária." Para ela, será preciso criar milhões de pequenos proprietários para resolver o problema dos sem terra.

A presidente também defendeu o critério atual de correção do salário mínimo, mas indicou que pode lançar mão de um mecanismo diferente para dar um aumento maior ao piso do País a partir do ano que vem. Atualmente, o salário mínimo é reajustado somando a inflação do ano corrente mais a variação do PIB do ano anterior. Como o PIB de 2009 foi baixo, próximo de zero, em função da crise financeira internacional, o reajuste de 2011 ficaria muito baixo. Por isso, diz ela, é possível rever a regra. Dilma projetou que o salário mínimo fique acima de R$ 600 no início de 2012 e "bem acima" de 700 em 2014.

Dilma afirmou que vai buscar cobertura de 100% das famílias necessitadas no Bolsa Família. Segundo ela, a dificuldade para atingir essa cobertura é porque são as prefeituras que cadastram as família. "Nós inclusive financiamos as prefeituras para elas cadastrarem", disse. Afirmou ainda que pretende reajustar o Bolsa Família. "Eu não sei dizer hoje qual é esse reajuste, mas que terá reajuste eu asseguro a vocês que terá", acrescentou.

WMC Assessoria
O Estado de São Paulo

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Deputada quer proibir vigilante de usar arma de fogo

A deputada Solange Amaral (DEM-RJ), quer proibir que vigilantes usem armas de fogo. A única exceção seriam os trabalhadores de transporte de valores. A proposta foi apresentada sob a forma de projeto de lei e tramita na Câmara dos Deputados sob o número 7314/10.

O texto, condenado veementemente pela categoria dos vigilantes, pretende que a segurança de clientes, funcionários e do próprio vigilante com posto de trabalho em agências bancárias seja feita apenas com cassetetes de borracha ou de madeira.

A proposta pretende alterar a Lei 7.102/83, que estabelece normas paras as empresas de vigilância e de transporte de valores. Vale lembrar que, hoje, a legislação permite ao vigilante portar armas de fogo em serviço, desde que a arma seja da empresa para a qual trabalha. A empresa precisa ter autorização de funcionamento emitida pela Polícia Federal e o vigilante, curso de treinamento, capacitação e Carteira Nacional de Vigilante.
De acordo com a autora, a necessidade de proteção dos cidadãos não pode servir de justificativa para o armamento de algumas categorias sem o devido controle da sociedade. Para ela, vigilantes que desempenham suas funções no interior de agências bancárias não têm necessidade de portar arma.

Hoje, a empresa que utilizar vigilante desarmado em instituição financeira está sujeita a multa.

"O vigilante que está na recepção de um estabelecimento comercial, no trato direto com um grande fluxo de cidadãos, de forma a lhes oferecer segurança, não pode funcionar como o estopim deflagrador de violências e barbáries", argumenta a deputada.

A deputada parece esquecer que o vigilante armado representa a segurança de bancários, clientes e da própria população. Mantê-lo no posto desarmado oferece um risco absurdo não só à sua própria vida como de toda a sociedade. Pensar num vigilante enfrentando assaltantes com cassetetes chega a ser ridículo, além de irresponsável.

Vale lembrar que apenas este ano, sete vigilantes perderam a vida trabalhando na segurança de bancos. É impossível imaginar o tamanho dessa matança caso a proposta tresloucada da deputada já estivesse valendo.

O projeto equivocado da deputada carioca tramita apensado ao 4436/08 do Senado, que assegura adicional de periculosidade para a categoria. Apensar um projeto a outro significa que eles tramitarão em conjunto. Quando uma proposta apresentada é semelhante a outra que já está tramitando, a Mesa da Câmara determina que a mais recente seja apensada à mais antiga. No caso, como o 4436 já passou pelo Senado, é ele que encabeça a lista, tendo prioridade.

WMC Assessoria de Comunicação
Fonte: CNTV

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Eliminado em entrevista de emprego por nome no SPC é indenizado no RN

Um trabalhador da área de segurança privada ganhou uma ação de reparação por danos morais contra o Unibanco - União de Bancos Brasileiros S/A, no valor de R$ 6.500,00, por ter seu nome inscrito no SPC e SERASA em razão de um débito que não efetivou. O valor deverá ser corrigido monetariamente pelo INPC.

Na ação, o autor informou que está desempregado e conseguiu uma vaga na empresa BRINKS, de segurança de valores, após aprovação na entrevista. Contudo, recebeu a infeliz noticia de que não poderia integrar o quadro de funcionários da empresa por seu nome estar inserto no SPC e SERASA.

Diante da triste surpresa e espantado com a notícia procurou saber os motivos dessa negativação junto ao CDL, haja vista ser uma pessoa honesta e não deve a ninguém. No CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal obteve uma certidão na qual consta como credor o banco Unibanco - União de Bancos Brasileiros S/A de um documento de nº 000071231168999, no valor de R$ 341,50, com vencimento em 05/08/2008, registrado em 20/10/2008.

De acordo com o autor, ele só fez duas transações com aquele banco, sendo estas dois saques, referente ao vale transporte no valor de R$ 78,00 cada, em 2007, créditos estes da empresa que trabalhou na época. Esta conta foi aberta pela empresa para depósito de salários e vale transporte.

Dias depois teve mais surpresas desagradáveis, após solicitar abertura de conta na Caixa Econômica Federal, também teve seu pedido negado por estar inserto no SPC e SERASA, em razão de um empréstimo contraído no Unibanco o qual desconhece. Em razão disso, requereu liminar para retirar seu nome do SPC e SERASA e desconstituição do débito, no mérito pediu a condenação do Unibanco em danos morais.

A juíza Amanda Grace Diógenes Freitas Costa Dias, da 7ª Vara Cível de Natal, entendeu como suficiente e justa a indenização equivalente a R$ 6.500,00, considerando a extensão do dano, obedecendo o princípio da razoabilidade, a necessidade de satisfazer a dor da vítima, analisando o padrão sócio-econômico das partes, e considerando a necessidade de inibir que o ofensor pratique novas condutas lesivas, agravado ainda pela dificuldade do autor em adquirir um emprego, bem como crédito na praça.

Quanto ao pedido de desconstituição da dívida a qual o autor desconhece, a juíza verificou que os documentos anexados são condizentes aos fatos alegados pelo autor, aliado a revelia do banco, de modo que convencem o juízo a declarar a desconstituição da dívida relativa ao documento nº 000071231168999, no valor de R$ 341,50, conforme detalhadamente narrado nos autos.

Fonte: Diário de Natal Online

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Empresa de vigilância é condenada a pagar por intervalo intrajornada


Para o bem da saúde física e mental, o empregado que trabalha diariamente mais de seis horas contínuas deve repousar e descansar pelo tempo mínimo de uma hora, como nos casos da jornada de 12x36. Com esse entendimento, fundamentado no artigo 71, caput, da CLT, a Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho reformou decisão regional contrária e concedeu indenização a um empregado da empresa goiana Servi Segurança e Vigilância de Instalações Ltda., que trabalhou sem fazer o intervalo.

O intervalo para o descanso ou refeição é considerado por lei direito indisponível do trabalhador, destacou a relatora do recurso do empregado na Oitava Turma, ministra Dora Maria da Costa, referindo-se ao § 4º do art. 71 da CLT, que dispõe sobre o pagamento de indenização a quem não usufrui do intervalo. Trata-se de norma de caráter impositivo, que “não pode ser alterada por meio de acordo ou convenção coletiva”, como já decidido em diversos precedentes do TST, informou a relatora.

Assim, a Oitava Turma aprovou unanimemente o voto da relatora condenando a empresa ao pagamento de uma hora diária relativa ao intervalo não usufruído pelo empregado, acrescida de 50% sobre o valor da hora normal de trabalho, durante todo o vínculo empregatício, bem como seus reflexos legais, “observando a prescrição declarada em sentença e os limites postos na petição inicial”, concluiu a relatora.

Fonte: TST

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Trabalhadores conseguem reduzir jornada de trabalho

Enquanto a proposta de emenda à Constituição (PEC) 231, de 1995, está emperrada pelos empresários no Congresso, 32% dos trabalhadores formais já trabalham 40 horas semanais no País. PEC aguarda votação em 1º turno

Sindicatos de categorias mais organizadas de trabalhadores estão conquistando acordos de redução da jornada sem cortes nos salários, enquanto a proposta de emenda constitucional (PEC) que reduz a jornada legal, das atuais 44 horas para 40 horas semanais, permanece parada no Congresso, sem previsão de data para ser votada.

O movimento pela redução da jornada cresce ano a ano e virou a principal bandeira de luta das centrais sindicais em 2010. Segundo cálculos do professor José Pastore, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade São Paulo (FEA-USP), em seis anos o número de trabalhadores que trabalham até 40 horas subiu de 28,6% para 31,97% do total.

Só este ano, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região fechou acordos com 22 empresas, que beneficiam mais de 5,5 mil trabalhadores. A maioria prevê redução gradual da jornada.

É o caso dos 900 metalúrgicos da Schneider Electric Brasil, fabricante de aparelhagem elétrica e equipamento para automação. A partir de julho próximo, eles passarão a trabalhar 43 horas por semana. Em de maio de 2011, o período deverá ser reduzido para 42 horas. Em novembro do mesmo ano, está prevista nova negociação para se chegar às 40 horas semanais.

"Estamos buscando acordos que atendem tanto os trabalhadores quanto as empresas e mostram que a redução da jornada é possível", afirma o presidente do sindicato, Miguel Torres.

No mês passado, o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados do Estado de São Paulo e o sindicato das empresas chegaram a um acordo para renovação da convenção coletiva da categoria. Além de reajuste linear de 6% nos salários, o acordo prevê redução da jornada para 40 horas a partir de janeiro do próximo ano. Existem hoje 80 mil profissionais dessa área no Estado.

"A redução da jornada é a nossa principal vitória", diz o presidente do sindicato, Antonio Neto, também presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

Os trabalhadores químicos nas indústrias farmacêuticas de São Paulo cumprem jornada de 40 horas desde setembro de 2009. A conquista, obtida na convenção coletiva em 2008, beneficiou 80 mil químicos associados a sindicatos da Força e da CUT.

A luta pela jornada de 40 horas é uma bandeira das centrais há quase duas décadas. Acordos têm garantido jornada reduzida às categorias com poder de mobilização. Entre as grandes empresas, como as montadoras, a jornada de 40 horas já é praxe. "80% da nossa categoria têm jornada entre 40 e 42 horas", diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.

O número de acordos tem crescido em todo o País. Entre 2002 e 2008 (último dado disponível), a quantidade de brasileiros com carteira assinada e jornada de 40 horas deu um salto de 56%, conta Pastore, da USP.

Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, Pastore estima que o número de trabalhadores com jornada de 40 horas subiu de 6,9 milhões para 10,8 milhões. Com isso, o grupo passou a representar 31,97% do total de trabalhadores formais no País, ante 28,6% em 2002.

Há pouco mais de um mês, o Laboratório Buenos Ayres, farmácia de manipulação de medicamentos com cerca de 500 funcionários, resolveu fazer um teste, e reduziu a jornada de 44 para 40 horas semanais. O presidente da empresa, Sérgio Marques, se comprometeu em manter a jornada reduzida desde que houvesse ganhos de produtividade. "Reduzimos quatro horas na semana e ganhamos o dobro em produtividade", diz.

Os sindicatos acham, no entanto, que isso tem um limite. O problema são as micro, pequenas e médias empresas, que enfrentam dificuldades para absorver ou repassar aumentos de custos, e alguns ramos de atividade. No comércio, os trabalhadores precisam cumprir jornadas longas, que chegam a superar 50 horas semanais, porque o salário base é baixo e eles precisam complementar a renda com comissões sobre as vendas.

"Vamos ampliar a pressão sobre o Congresso para garantir jornada de 40 horas com adicional de 75% sobre as horas extras para todos os trabalhadores brasileiros", diz o presidente da CUT, Artur Henrique.

As entidades patronais se mobilizam na defesa do interesse das empresas. "Não há nenhuma possibilidade de adotar a medida sem comprometer a competitividade das empresas e ameaçar o emprego", diz o diretor do departamento sindical da Fiesp, Roberto Della Manna.

Fonte: O Estado de São Paulo