terça-feira, 9 de novembro de 2010

Natal gordo emprega mais seguranças


Com o aumento no fluxo de pessoas nas lojas do centro de Ribeirão Preto e a previsão de crescimento de 7% nas vendas deste Natal, os comerciantes estão contratando mais segurança particulares para trabalhar no horário comercial.

Atualmente, as ruas do quadrilátero central são "vigiadas" por pelo menos 20 seguranças, segundo os profissionais. A expectativa deles é que o número dobre nas próximas semanas.

Há profissionais que cuidam apenas de uma loja e os que trabalham para vários comerciantes que se unem para pagá-los.

Dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública apontam a tendência de aumento de furtos e roubos em época de grandes vendas. Em maio, por exemplo, foi registrado um crescimento de 9,74% nos casos de furtos na cidade -980, ante 938. Maio, mês das mães, é considerado a segunda melhor data para o comércio.

A procura por mais segurança abre espaço para quem estava desempregado. É o caso de Benedito da Silva, 36, que foi contratado há dois meses para atuar na rua Américo Brasiliense.

"Cuido de seis lojas entre a Visconde de Inhaúma e a Barão do Amazonas e, por enquanto, está tranquilo."
Johnston Gonçalves, 65, que trabalha há 20 anos na rua Barão do Amazonas, disse que os lojistas estão em busca de mais seguranças neste ano. "Até formamos uma cooperativa. Agora, somos sete mas, perto do Natal, devemos ser dez."

Roberto Esteves, 38, que trabalha há nove anos na rua Barão do Amazonas, diz que casos de furtos são registrados todos os dias. "Às vezes, percebemos ou somos avisados por alguém. Procuramos o suspeito, conversamos na rua e tentamos um acordo. Se não der certo, acionamos a polícia", disse.

O diretor da distrital centro da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), Lino Strambi, confirma o aumento na procura por vigias particulares, mas diz que a entidade acredita no trabalho das polícias.

Em dezembro, o número de policiais militares no centro deve duplicar e o de guardas civis, quadruplicar -os números não são divulgados pelos órgãos.

O superintendente da Guarda Civil, André Tavares, e capitão da PM Maurício de Melo concordam que o trabalho dos seguranças ajuda a prevenir crimes.
 
WMC Assessoria - Folha de São Paulo